Em uma série de trabalhos (p. ex. Guy, 2011; 2019), temos apresentado nossa maneira de compreender os conceitos de espaço e de tempo. Eles nunca devem ser separados um do outro na comparação de diferentes movimentos: o movimento precede espaço e tempo; há uma equivalência entre tempo e espaço. Nosso objetivo aqui não é rediscutir a validade dessas proposições, mas nos voltarmos para a questão do imaginário que as sustenta. De fato, a visão que ora se evoca, sem ser menos fecunda, não resulta diretamente de um raciocínio matemático; para construí-la, nos apoiamos nas diversas representações mentais, relacionadas à experiência cotidiana e entendidas de diversas formas.